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Mais Velozes e Ainda Mais Furiosos


Mais Velozes e Ainda Mais Furiosos

– “Traz o Bill!”

A voz do técnico Márcio Costa Nunes, o Marcão, ecoou por todo o ginásio, interrompendo minha conversa com o jovem e atencioso Luiz Fernando Pierre Gil, diretor de Esportes do Vermelhinho, integrante de uma família que já está na quarta geração de atletas de hóquei a defender as cores do nosso amado clube.

Logo após o chamado de Marcão, dois atletas do Sub-16 se deslocaram até o canto da quadra onde há um gradil, e de lá saíram carregando uma estrutura de madeira retangular. Se encaminharam até uma das traves, e encaixaram essa espécie de tapume de compensado na estrutura. O gol só não estava todo vedado porque havia quatro pequenas aberturas: duas delas nos cantos inferiores da trave, e outras duas nos ângulos superiores.

– “O que eles estão fazendo?” – perguntei, numa curiosidade quase infantil.

– “Tá vendo aquelas pequenas aberturas? Vão treinar chutes, melhorar a pontaria. Estão se preparando para a final da Copa Sudeste 2024 – Sub 16, que acontece essa semana” – respondeu Pierre, com certo ar de expectativa.

– E por que esse tapume se chama Bill? – a pergunta saiu quase que de forma ingênua.

– “Bill é o apelido de um dos melhores goleiros que já vimos defender o Inter. Uma verdadeira muralha. O tapume anterior trazia um desenho de goleiro, em posição de defesa, mas infelizmente com o tempo foi quebrando, não existe mais” – explicou para mim o sempre solícito diretor.

– Então, vocês precisam providenciar uma nova pintura para o Bill!” – repliquei de forma humorada.

– “Pra ontem” – retrucou Pierre com um sorriso nos lábios.

É fato que som da freada das rodas de patins é bem característico e inesquecível. O bailado que elas promovem desafiam as leis da gravidade, a ponto de se duvidar da existência dela. A velocidade que imprimem provocam um derramamento extraordinário de dopamina e adrenalina nas artérias e veias, intensificando e potencializando as sinapses neurais de quem por elas é conduzido.

Eu sou uma admiradora da modalidade hóquei, mas leiga quando o assunto é entender da parte técnica e tática de uma partida. A comunicação corporal é intensa e a troca de olhares, verdadeira conferência entre os pares que ali se digladiam esportivamente.

Quando posso, costumo ficar por um bom par de minutos assistindo aos treinos das categorias de base do Clube Internacional de Regatas. Vez ou outra conversando com Pierre que, de forma sempre prestativa, me explica uma ou outra situação que acontece em quadra.

Pierri passou sua infância em Santos, vendo os tios jogarem hóquei. Sua iniciação foi sobre patins de brinquedo, da cor verde e marca Bandeirantes. Enquanto seus tios treinavam, ficava patinando do lado de fora da quadra.

Essa fase de Santos foi interrompida em 1972, quando sua família mudou para Catanduva. Oito anos depois, num dia comum, estava no SESC junto com seu pai quando algo inusitado chamou a atenção dos dois: um grupo de meninos de patins nos pés e segurando galhos tortos de árvore, jogavam hóquei em uma das quadras externas do local.

– “Com licença! Meu nome é Luiz Fernando e vejo que vocês gostam de hóquei. Eu joguei um bom tempo hóquei em Santos. Se toparem, eu posso treinar vocês. O que acham?” – falou, em tom calmo e seguro.

Os meninos gostaram da ideia, e ficou acertado com eles que os treinos começariam dali no máximo dez dias.

Chegando em casa, Luiz Fernando ligou para seu irmão, Paulo.

– “Faaala, meu diretor de hóquei preferido” – disse, em tom bem humorado.

– “O clube só tem um, por enquanto. Que manda?” – devolveu no mesmo tom de humor.

– “Rapaz, descobri uma gurizada aqui em Catanduva jogando hóquei de forma improvisada, galho de árvore virou stick, e com bola de meia. Uma loucura!” – Luiz estava muito empolgado.

– “Precário isso, hein? Mas esperançoso!” – Paulo viria tempos depois revelar que nunca tinha visto o irmão tão eufórico.

– “Molecada diferenciada. Tem um canhotinho que lembra o Terroso. E o goleiro? Parece filho do Paulo Passos. Como pode me ajudar, irmão?” – finalizou Luiz, já sabendo da resposta de Luiz Fernando.

A ajuda veio pessoalmente, com Paulo trazendo meia dúzia de sticks doados pelo Clube Internacional de Regatas, além dos que estavam guardados na garagem da casa de Luiz Fernando, em Catanduva – parte deles, comidos pelos cupins. E assim, montaram um time catanduvense para a temporada de 1980.

Em 1981, pouco menos de um ano de existência, foram jogar no Vale do Sol, contra o time de Sertãozinho. E para surpresa dos anfitriões, o time de Catanduva os derrotou por 10 a 3, vitória inesquecível para os discípulos de Luiz Fernando Pierre Gil.

A família Pierre Gil encerrou um ciclo de vida em Catanduva com essa vitória, e no final de 1981, voltaram para Santos. Em 1982, Pierre começou a jogar hóquei no Inter. Parou um pouquinho na época da faculdade e depois voltou a jogar, o que faz até hoje.

Este relato, numa sempre deliciosa conversa, foi interrompido pelos gritos eufóricos do grupo de garotos, entre doze e quinze anos, comemorando o fato de terem vencido Bill, o bloqueador de chutes, com um petardo em um dos ângulos. A festa era intensa.

Esses meninos sabiam o quanto vencer aquele obstáculo era um trabalho hercúleo. Comemorar um gol em Bill era tão valioso quanto ganhar uma medalha de ouro.

William de Oliveira Andrade nasceu em 17 de janeiro de 1963, na cidade de Santos. Cresceu um menino normal, cheio de Vida e de saúde: se divertia muito na praia, na região do canal cinco. Suas brincadeiras preferidas eram Pega Bandeira, pião e bola de gude.

Já na adolescência, ia ao clube todos os dias, mesmo sabendo que só em três dias iria treinar; nadar um dia sim, e outro também, até o farol do canal seis e, lá, dar mil mergulhos com os amigos Elson Blum, Zilton Zanelato e Nereu Pazos.

Começou a jogar hóquei por insistência.

O ano de 1975 foi mágico para Bill. Decidiu ir com o primo ao Clube de Regatas Santista, para tentar um teste na peneira para a modalidade de hóquei, que fazia muito sucesso no clube. Arrumou dois patins de correia, colocou nos pés, e começou a dar um show de tombos e escorregadas. Caiu tanto que chamou a atenção do saudoso técnico Aristides.

– “Qual o seu nome, filho?” – perguntou isso, enquanto se aproximava de Bill.

– “William! Mas o senhor pode me chamar de Bill, que é como todos me chamam” – respondeu rapidamente, para demonstrar interesse.

– “Olha, esse esporte não é para você, viu? Mas, aqui no Regatas temos ao menos outros dez esportes. Quem sabe…” – Aristides era um homem bem direto, sincero, e por vezes, provocativo.

– “Seu Aristides, deixa eu tentar mais dez minutos” – saiu uma fala quase que implorando pelo tempo.

– “Tá bom, filho. Se você não cair nesses dez minutos, pode voltar amanhã” – disse, com um quê de filantropismo.

– “Deixa comigo, seu Aristides. A gente se vê amanhã” – e a partir disso, Bill se concentrou muito em seu equilíbrio, distribuindo melhor os braços e as pernas, garantindo a vinda ao treino no dia seguinte.

Suas habilidades, como reflexo e impulso, além de muito esforço e determinação, o levaram a treinar na posição de goleiro já na categoria infantil. Sua chance apareceu quando o goleiro titular, Tadeu, teve problemas de saúde e não pode jogar.

– “Filho, você começa o jogo amanhã no gol” – falou olhando fixamente para Bill, que agarrou a chance e nunca mais saiu da titularidade,

Até que, em 1979, o Clube de Regatas Santista acabou com as categorias de base, o que levou Bill a atravessar a rua Francisco Hayden, em direção ao nosso amado Clube Internacional de Regatas, levado pelo amigo Zilton.

Chegando aqui, encontrou solo fértil para aprimorar as suas habilidades, conquistadas em torneios da categoria infantil que o alçaram a titular das seleções estaduais infantil e juvenil, defendendo o Clube de Regatas Santista.

Mas no Internacional, o patamar era muito mais elevado. Mesmo para Bill, com toda a sua experiência. O time principal era o Olimpo, formado por atletas cujas habilidades os tornavam semideuses em quadra. Estar nessa equipe era como “tocar o céu com o dedo”, segundo Bill confidenciou certa vez.

A linha de zaga era composta por Claudinho (que tinha uma empunhadura diferenciada, e chute tão potente e cirúrgico, que nos momentos de descanso nos treinos mirava nas janelas de vidro ostentadas no alto da parede do ginásio, para acertá-las) e Marreco (os adversários viviam falando que ele era “o cão chupando manga”. Bill, em sua modéstia, dizia “o Marreco era tão bom, tão bom que, quando ele fazia gol contra, eu pedia desculpas para ele, por ter levado um gol dele”). Zé Guedes entrava ao longo das partidas para substituir, à altura, um dos dois. Na linha de frente, os poderosos e mágicos Alfredinho e Bacalhau. Tinha ainda o Zilton, o Zé Emidio, o pernambucano Junior (atual presidente da Federação Brasileira de Hóquei. Na época, substituiu muito bem o Bacalhau, formando dupla de ataque com Alfredinho), e os argentinos Gonnella (jovem, rápido, e com muita raça) e Alberto Lombino (excelente atacante). Alem desses, outras feras deixaram suas marcas no assoalho e redes de nosso ginásio, trazendo glórias e conquistando títulos: Adamar Nunes, Brancato, Silvinho, Heládio Martins, Cabral, César, Luiz Carlos, Paschoal, Ernesto, Xixa, Nílson, Manoel, Zílton, Mário Assef, entre outros que agora me faltam à memória afetiva.

Uma equipe tão sintonizada e sincronizada, que jogavam de olhos fechados; a coisa mais bonita de se ver, como jogador – diziam os próprios atletas. Bill era um que comentava, com a humildade dos grandes campeões: “Podia colocar uma flor de laranjeira, uma coxinha no gol, porque a bola não chegava lá!”.

Eu mesma cheguei a assistir alguns treinos. Quando o juvenil e aspirante chegava para treinar, os semideuses já estavam lá, só patinando. Quarenta minutos só patinando. De frente, de costas, mas numa velocidade estonteante. Um colado no outro, nas costas do outro, patinando.  Eu fechava os olhos e sentia o vento passando, conduzido pelo som das rodas os patins. Realmente algo maravilhoso.

Como já mencionei, havia os aspirantes, que aguardavam uma oportunidade para entrar no time principal, além de reunir nesta categoria os melhores jogadores da divisão juvenil. Essa era a fórmula que fez o Clube Internacional de Regatas ser a base da Seleção Brasileira de Hóquei, além de imbatível em torneios e campeonatos regionais, nacionais e internacionais.

Explico: os treinos entre principal e aspirantes eram verdadeiros rachas de final de Copa do Mundo. A equipe principal tinha como sparrings velozes e furiosos gladiadores com fome de jogo e de gols, prontos para substituí-los a qualquer chamado do severo e competente técnico Fred Jacques, e quase todos no mesmo nível. Só não os superavam na maioria das vezes porque, além da qualidade excepcional que os titulares da divisão principal aprimoravam ao jogar com os aspirantes, havia uma forte aura de amizade e admiração por tais atletas.

Sim, posso afirmar que o hóquei do Clube Internacional de Regatas sempre foi uma grande família de irmãos e primos por afinidade.

Mas a entrada para Bill nesse universo não foi tão fácil. Por vir de clube rival e ser sócios praticante, enfrentou uma barreira de bairrismo inicial. Mas nada que, assim como outros que vieram sob a mesma condição, não quebrasse com o talento dentro de quadra e o companheirismo fora dela. O fato é que Bill ficou na categoria juvenil durante um ano e meio.

Até que num treino dos aspirantes contra o principal em que Bill assistia paramentado, o técnico Fred decidiu olhar para ele.

– “Ô Borboleta, entra! Falta cinco minutos, não vai me levar gol, hein?”, era assim que Fred o chamava.

No segundo treino seguido, Fred seguiu seu mantra, olhando na direção de Bill.

– “Acorda Borboleta, já devia ter entrado! Quero ver o que você faz nesses dez minutos finais!” – exclamou Fred, sabendo como ninguém como tirar o melhor dos seus atletas.

E assim os cinco, dez minutos de Bill os levaram até a titularidade do Aspirante, época em que essa categoria era poderosa, imbatível, e com uma curiosidade: os aspirantes não empatavam, só ganhavam. Tinham mais títulos do que a categoria principal, mesmo não representando o clube nos principais torneios, como o Torneio de Aniversário, o Brasileiro e o Sul Americano. Bill, Buda, Cezar, Dentão, Elson Blum, Elton, José Fernando, Lambretta, Luiz Carlos, Paulo Gil, Paschoal, Pinguinha, Marcelo Pezzoni, Marcínio, Marquinhos, Morozetti, William, Zé Emídio Costa e Zílton formavam essa máquina de moer adversários e devorar medalhas de ouro.

Após jogar alguns anos no aspirante, Bill foi jogar no principal. Para alguns, não só pelas suas habilidades e determinação, mas por também lembrar o estilo diferenciado de Xixa, um dos grandes atletas que passaram pelo clube, verdadeira muralha no gol. Foram cinco anos de títulos estaduais, brasileiros e sul-americanos.

Em 1984, Bill foi eleito o melhor goleiro em todos os torneios do quais o nosso amado Vermelhinho participou.

Uma época realmente inesquecível tanto para Bill quanto para o Clube Internacional de Regatas.

Em 1985 o imbatível time do Clube Internacional de Regatas se desmanchou. Alfredinho e Claudinho foram jogar na Argentina, Marreco e Zé Guedes pararam de jogar, Bacalhau foi para um time da capital (Palmeiras ou Portuguesa). Bill, apesar das ofertas que recebeu para sair do Inter (desde 1982 era convidado para jogar no Sertãozinho, além de convites para desfilar seu talento na Argentina e Chile), preferiu continuar vestindo a camisa do Vermelhinho da Ponta da Praia.

E aí veio o Campeonato Mundial de 1986, sediado na cidade de Sertãozinho. O telefone da casa de Bill tocou. Era o técnico da Seleção Brasileira de Hóquei.

– “Você vem para ser o terceiro goleiro”

– *Eu, terceiro goleiro.”

– “Exato!”

Era a resposta por Bill nunca ter aceitado a proposta para ir jogar em Sertãozinho, visto que o técnico da seleção era também o técnico do time de sertãozinho.

– “Não quero nem saber que é o primeiro e o segundo. Tenho certeza que eu sou o melhor. Como você sabe que eu vou ser o terceiro goleiro? Deixa eu chegar aí , né, e demonstrar, treinar”

– “Não. Você é o terceiro goleiro! As coisas já estão…”

Bill interrompeu.

– “Eu agradeço, desejo a vocês muitas vitórias e que vocês levem o nome do Brasil para frente, mas vou recusar a sua lembrança e intenção”.

Bill foi o único jogador brasileiro de hóquei a recusar um chamado da seleção brasileira.

Mas o Arquiteto do Universo reservava a Bill algo irrecusável.

A seleção da Itália veio para o campeonato mundial e acertou treinar no Clube Internacional de Regatas. Solicitou ao clube também que cedesse alguns atletas, inclusive um goleiro, para treinar com eles.  Bill foi indicado e encantou tanto o técnico italiano quanto os jogadores, alguns dos quais ficou amigo.

A Itália foi para o campeonato e se sagrou campeão mundial em Sertãozinho.

Bill aproveitou a oportunidade e trocou contatos com a comissão técnica. Passou a mandar Telex para eles, demonstrando seu interesse em jogar na Itália; que se pudessem o indicassem para algum time.

Sua perseverança lhe rendeu algo inédito: foi o primeiro jogador brasileiro de hóquei a ser negociado com o time na Itália. Casa, comida, passagem aérea ida e volta, trabalho com o Patrocinador e salário.

Bill teve passagens pelo Montesilvano Hoquei (da série C), Skating Club Pesaro (com acesso para a série B, e eleito melhor goleiro da temporada), Gorizia Hoquei (Série A2), Matera (série B,) e Matera Pilastro (série A2). Parou de jogar em alta performance após a temporada 1993 / 1994.

William de Oliveira Andrade nunca esqueceu o que o Clube Internacional de Regatas fez. Segundo Bill “Tudo que aconteceu na minha vida, tenho que agradecer ao Clube internacional de Regatas, porque cheguei aonde cheguei graças ao Internacional”.

De fato, o hóquei no Clube Internacional de Regatas nunca parou. Esmoreceu, mas nunca parou. Se escondeu, acabou não tendo uma divulgação interna devida, para estimular crianças e adolescentes a praticarem o interesse de jogar hóquei. Mesmo assim, o Inter sempre deu apoio, ajudou. Sempre jogou o Paulista, sempre jogou o Brasileiro, as categorias de base sempre foram relativamente bem nos campeonatos, mas com uma atuação modesta, se comparada aos áureos tempos de hegemonia nacional,

De certa forma, preservaram as conquistas e hegemonia desde a década de sessenta, com os míticos Jonas faulim, Terroso, Fernando, Teco, Gil, Darcy Stipanich, Luiz Carlos, Rogério, Fernando Vera, Nilton, Osmar, Valtinho, e Waldir.

Mesmo assim, foi campeão juvenil em 1985 no Rio de Janeiro, com Marcelo Pezzone, Betico, Xaxim, Jorge, Carlinhos. Teve uma safra de belos talentos como, além dos neste parágrafo já citados, Paulinho Macarrão, Paulo Pierre Gil Junior, Claude Martins Gomes, .

A partir de 2018, o clube passou a investir novamente num trabalho sólido com a escolinha, uma garotada que se completava: Vicente, João Vítor, Gabriel.

A Diretoria percebeu que essa cepa era especial, e decidiram fazer um trabalho bem sério, de conscientizarem que o esporte é bom, é divertido, mas também é para ganhar. Algo que ficou meio esquecido após a década de oitenta. Épocas em que não havia treinador fixo; e muitas vezes sem treinador, os atletas procuravam se organizar para os treinos. Não queriam deixar o esporte morrer, queriam apenas se divertir.

Hoje existem em São Paulo os seguintes times de hóquei: o Clube Internacional de Regatas, A Portuguesa, O Sertãozinho, e o Mogiana, que é o segundo time de Sertãozinho. No Rio tem o Teresópolis e o Petrópolis. E no Recife tem o Português e o Sport.

E o que vejo hoje nos treinos onde essa nova geração se alinha são determinação, foco, garra, resiliência. Uma garotada que começou, segundo Pierre “a gostar de ganhar, e hoje eles ganham tudo, praticamente tudo. É muito raro eles perderem um jogo”.

E foi o que aconteceu na final da Copa Sudeste 204 Sub 16, em Teresópolis, segundo um texto postado nas redes sociais, dando suporte para um vídeo dessa final:

“Uma partida incrível com duas equipes que representam o futuro do hóquei do Brasil, o Inter perdia de 2 x 0, faltando 47 segundo para o final a torcida adversária já gritava “é Campeão’ quando veio um GOLAÇO LINDO do @pvv.macedinho, que roubou a bola, driblou o time inteiro e após uma arrancada incrivel colocou a bola na GAVETA, INDEFENSÁVEL, e trouxe para o time a vontade de buscar o empate faltando 40 segundos para o fim. (Gol merecedor a ser forte candidato do Fuskas 2024 pela beleza e relevância no resultado durante uma final),

E o gol do empate veio, LINDO e IMPORTANTÍSSIMO de @mig_bianchi faltando perto de 10 segundos para o fim do.jogo.

E nas cobranças de penaltys o Vicente ARIKAWA foi MATADOR.

Precisamos citar a grande apresentação do goleiro RUAN e parabéns a toda equipe”.

Não sei quanto a vocês, mas eu, Maria Helena, tenho certeza de que estamos vivenciando mais uma fase áurea, comandada pela nova geração.

Cada vez Mais Velozes e Mais Furiosos.

 

Saudações Vermelhinhas!

 

(Esta crônica é uma homenagem a todos os atletas e jogadores de Hóquei que atuaram defendendo as cores do Clube Internacional de Regatas nas décadas de 70 até a atual. Todos representados pelas histórias e memórias afetivas de  William de Oliveira Andrade – o Bill -, e Luiz Fernando Pierre Gil Junior – o Pierre).